A nossa dança começa com três grandes especialistas em palavras e suas origens, e é conduzida pela escritora e jornalista Semayat Oliveira. A poeta pernambucana Cida Pedrosa, vencedora do Prêmio Jabuti 2020 com o melhor livro do ano, traz poemas de palavra-pedra e palavra-som. O escritor, ambientalista e pesquisador tapuia Kaká Werá traz trovão, vento, origem de mito e palavra, quando o ser é um som. Tiganá Santana, cantor, compositor, poeta e pesquisador de línguas africanas traz a filosofia Kalunga - a força que transbordou o vazio. 
Como dançam corpo e palavra no Tempo? Como um altera a experiência do outro? 

Semayat Oliveira:
Jornalista, Escritora e Documentarista formada pela Universidade Metodista de São Paulo e Especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-Raciais pela Escola de Comunicação e Artes da USP. 
É cofundadora do grupo jornalístico Nós, mulheres da periferia, que há 7 anos faz jornalismo a partir da perspectiva de mulheres negras e periféricas. 
Na literatura, faz parte da coletânea "Heroínas Desta História", livro publicado pela editora Autêntica em 2019. No âmbito da comunicação estratégica, atuou como coordenadora de comunicação no Instituto Vladimir Herzog entre 2018 e 2019.

Cida Pedrosa:
Poeta, contista, recitadora e vereadora do Recife. Nasceu em 1963 em Bodocó, no Sertão de Pernambuco. Veio para o Recife em 1978 para estudar e tornou-se militante do importante e reconhecido Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco. Também integrou o coletivo Vozes Femininas, que recitava e performava poemas com recorte de gênero na década de 80.Com 10 livros de poesias publicados (Estesia-2020; Solo Para Vialejo-2019; Gris-2018; Claranã-2017 e 2015; Miudos-2011; As Filhas de Lilith-2017 e 2009; Gume-2005; Cântaro-2000; O Cavaleiro da Epifania-1986 e Restos do Fim-1982), e algumas indicações à prêmios literários, conquistou em 2020 o mais importante prêmio da literatura nacional, o Jabuti, nas categorias Poesia e Livro do Ano, com o livro Solo Para Vialejo, publicado pela editora pernambucana CEPE. Cida Pedrosa, que também acumula experiência como editora e curadora de eventos literários, é a homenageada da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco em 2021 ao lado de Paulo Freire.

Kaká Werá:
Desde criança, um apaixonado pela literatura e considera esta a sua forma de expressar, despertar reflexões e sensibilizar as pessoas para os valores contidos nas sabedorias ancestrais.
Educador, terapeuta, líder social e escritor com publicações no Brasil e exterior. Notório Saber em antropologia cultural pelos estudos das tradições sapienciais tupi; com relevância em temas relacionados à ancestralidade, comunidades e liderança. Entre os livros publicados, destacam-se: “A Terra dos Mil Povos”, “Tupã Tenondé”, “O Trovão e o Vento” e “A voz do Trovão – A Criação do Mundo Segundo os Guaranis”, traduzido para o alemão e o inglês. 
Já percorreu mais de 10 países (entre eles Estados Unidos, Inglaterra e França) abordando temas ligados à ancestralidade, cultura de paz, espiritualidade, autoconhecimento e auto- liderança. Seu trabalho é reconhecido e premiado por instituições como Ashoka Empreendedores Socias, Unesco, ONU

Tiganá Santana:
De Salvador, Bahia para o mundo!
O compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador, professor e tradutor Tiganá Santana iniciou seus estudos musicais de violão aos 14 de anos, na sua terra nativa, com Alberto Batinga
O fato de Tiganá Santana ter sido o primeiro compositor brasileiro, na história fonográfica do país, a apresentar um álbum, como compositor, com a presença de canções em línguas africanas, relaciona-se com grande parte do seu trajeto de formação, como também diz respeito aos seus interesses por adentrar mundos não ocidentais. 
 “Maçalê” (“você é um com a sua essência”,   em yoruba arcaico, “The Invention of Color” e “Tempo & Magma”, faz parte da discografia de Tiganá Santana, eleito um dos dez músicos fundamentais da música atual brasileira pela conceituada revista inglesa especializada em música, Songlines.“Vida-Código” e “Milagres” fazem parte dos projetos lançados recentemente.
Ao longo dos últimos 13 anos, Tiganá Santana excursionou, ininterrupta e frequentemente, por países europeus, africanos e asiáticos sempre priorizando, ao lado da construção artística, os encontros interculturais e a recolha de aspectos relevantes das culturas locais, dentro de como as poderia interpretar e publicou o livro de poemas “O oco-transbordo” pela editora Rubra Cartoneira, de Londrina. Posteriormente, sob formato interartístico, elaborou, com a colaboração da artista visual Clara Domingas, um experimento audiovisual, “Não se traduzem os feitiços.

Cia. Jovem de Dança de São José dos Campos:
A Cia Jovem de Dança de São José dos Campos é um programa de formação, criado em 2010 pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, com o objetivo de incentivar e despertar talentos, além de oferecer oportunidade de aperfeiçoamento nos gêneros balé clássico e dança contemporânea. O projeto é dividido em quatro núcleos: Núcleo infantil: Formado por crianças de 7 a 11 anos; Núcleo juvenil: Voltado para a formação em balé clássico e contemporâneo para jovens com idades entre 12 e 15 anos, com conhecimento básico de dança; Núcleo semiprofissional: Formado por bailarinos com idades entre 16 e 21 anos, que já possuam conhecimentos e experiências anteriores em dança; e Núcleo profissional: Voltado aos bailarinos com o objetivo de profissionalização e contrapartida de monitoria nas oficinas da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

Direção Artística: Marco Sanches
Coreografia: Layla Mulinare e Marco Sanches
Elenco: Bianca Santos, Brun Willi, Bruna Karoline, Caio Veneziano, Isabel Monique, Lavínia Gonçalves, Lavínia Rodrigues, Letícia Karin, Luis Felipe Brito, Marcos Arantes, Nathan Souza, Rafaela Ribeiro, Sarah Diniz, Scarlet Morena e Washington Consiglio

MESA 1 – PALAVRA, MITO E MUNDO: QUANDO A DANÇA COMEÇOU
ACESSÍVEL EM LIBRAS
Data: 17/09 | Sexta - feira
Horário: 19h
Participação da Cia Jovem de Dança de São José dos Campos

Evento Online
Exibição nas redes sociais do Parque

Endereço:
Rua Prudente M Moraes, 302
Vila Adyana São José dos Campos
Cep: 12243-750
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Telefone:
(12) 3911-7090

E-mail:
contato@pqvicentinaaranha.org.br comunicacao@afaccultura.org.br




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